domingo, 21 de maio de 2023

Dias “assim assim”

Desde há tempos que quero mudar as minhas palavras para outro local. Um local que seja, outra vez, secreto. De vez em quando faço-o. Dedico-me a escrever-te noutros fóruns. Abro-te o coração, de formas que não faço aqui, porque não te quero afugentar. E deixo-me consumir pela beleza do anonimato. Não o tenho feito ultimamente. Talvez porque me consome o receio de que te esteja a transmitir um amor que nunca serás capaz de receber. Porque, ainda que nada faças, continuo a acreditar (e a sentir, de quando em vez) que estás desse lado. Que perdes alguns minutos do teu dia a ler os disparates que te vou confessando. Acho que já sabes que isto se tornou um hábito. Que és a minha droga. Que não me canso de querer consumir. Espero que, pelo menos desse lado, ainda te vás lembrando de mim. Que não te deixes esquecer que haverá sempre um abraço que te quer receber, haja o que houver. 

Perguntam-me muitas vezes se sou do Norte, sabias? Dizem-me que a minha pronúncia tem qualquer coisa, difícil de identificar, que é própria do ambiente sonoro que enche as ruas da zona ribeirinha do Porto. Dentro da minha loucura, continuo a achar que isto ainda são resquícios da tua presença em mim. Hopefully, são também sinais de que o Norte não esteja tão longe de mim quanto pareça.

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