quarta-feira, 12 de abril de 2023

Noites leves

Bebi algum vinho. Estava cansada e deixei-me levar. Mais um copo, menos um copo. Um de cada vez, tudo foi descendo devagarinho. E tudo foi subindo, rapidamente. Senti a cabeça nas nuvens. Solta. Com as ideias na ponta dos dedos. A inspiração consome-me. Apetece-me um cigarro, sentar-me no alpendre, ouvir as pessoas na rua e escrever. Riscar palavras num caderno, enquanto penso desmedidamente em ti. Tu, a quem confesso seres a minha inspiração. A quem vou contando os meus segredos mais obscuros. A quem abro a minha alma, como se não me importasse com o que podes ver. E aqui estou, novamente, a fazê-lo um dia mais. Porque és um vício. Um vício que eu não consigo, por mais que tente, saciar. 

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